Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 10 de setembro de 2025
Retomada do otimismo depois de quedas
Depois de dois pregões em queda, o Ibovespa voltou a subir, registrando alta de 0,52%, aos 142.348,70 pontos, o que representa ganho de 738,41 pontos em comparação ao fechamento anterior. Esse patamar é o segundo maior da história do índice, perdendo apenas para o fechamento de 5 de setembro, em que o índice terminou em 142.640,14 pontos.
Câmbio, juros e ambiente externo favorável
O real valorizou-se em relação ao dólar, que recuou cerca de 0,53%, cotado em torno de R$ 5,407. Esse movimento de fortalecimento da moeda doméstica foi favorável para ações com receitas em reais ou com forte componente local. No cenário exterior, inesperadas deflações nos preços ao produtor nos EUA (PPI) criaram expectativas de que o Federal Reserve poderá anunciar cortes nas taxas de juros em breve, inclusive com especulações de cortes maiores do que o usual.
Destaques de ações: quem puxou para cima e quem ficou para trás
- Banco do Brasil (BBAS3) foi o grande destaque positivo, registrando alta de cerca de 3,04%, com forte volume de negócios e impacto relevante no índice.
- Petrobras (PETR4) também se destacou, subindo aproximadamente 1,81%, após ajustes favoráveis nos planos de capex.
- No varejo, Magazine Luiza (MGLU3) teve alta expressiva de cerca de 3,70%, aproximando-se de patamares simbólicos de preço para os investidores, enquanto Lojas Renner avançou cerca de 2,37%.
- Entre as quedas, Embraer reagiu negativamente durante o dia — chegou a subir, mas fechou em queda de aproximadamente 1,60%, depois de anúncios feitos nos Estados Unidos.
Expectativas políticas e macroeconômicas no radar
Investidores seguem atentos ao andamento do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, especialmente depois do voto divergente de Luiz Fux — fator que pode gerar instabilidade política e repercussões nos mercados. No macro local, o dado do IPCA de agosto apresentou deflação de 0,11%, abaixo do esperado, reforçando apostas de que o Copom manterá a taxa de juros estável, enquanto o início do ciclo de cortes tende a ser adiado para o primeiro trimestre de 2026.
Suporte técnico e possíveis alvos futuros
Suportes importantes são observados em regiões próximas a 141.600-141.300 pontos no curto prazo. Já resistências são apontadas em 142.640-143.000 pontos, além do recorde histórico como alvo psicológico para muitos players do mercado.
Fechamento explicativo:
O fechamento de hoje mostra que o Ibovespa está sendo capaz de retomar fôlego em meio a incertezas externas e pressões políticas locais, apoiado por movimentos favoráveis no câmbio e expectativas de cortes nos juros americanos. Para os investidores, isso significa uma janela para ajustes estratégicos: ações mais afetadas negativamente podem recuperar espaço se essa tendência de otimismo se mantiver, e setores defensivos devem seguir observando os ruídos políticos.
Fontes consultadas ao final
- InfoMoney – Ibovespa hoje volta a subir e fica perto de recorde; Banco do Brasil é destaque (infomoney.com.br)
