Dólar cai para R$ 5,32, menor valor em 15 meses; Fed e Banco Central do brasil em foco levantam expectativa

Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 16 de setembro de 2025


Desvalorização frente ao real marca nova mínima

O dólar comercial fechou nesta segunda-feira cotado a R$ 5,3220, registrando queda de aproximadamente 0,59% em relação ao fechamento anterior. Trata-se do menor valor da moeda frente ao real em quase 15 meses, não observado desde o dia 6 de junho de 2024, quando o dólar fechou próximo de R$ 5,2493.


Expectativa internacional influencia movimento

O recuo reflete uma combinação de fatores externos: os mercados globais seguem de olho nas próximas decisões de política monetária do Federal Reserve (Fed) dos EUA, assim como na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil. A expectativa de cortes nos juros pelo Fed contribui para aliviar pressões sobre moedas emergentes, como o real.


Efeitos sobre taxas de juros e operações de renda fixa

Com o dólar em queda, as taxas de juros domésticas recuam também. Contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) para janeiro de 2027 e 2028 apresentaram redução nos rendimentos. Entre os títulos de longo prazo, os ajustes foram visíveis nos vencimentos de 2031 e 2032, refletindo maior confiança ou menor volume de risco percebido no curto prazo.


Perspectiva para o mercado cambial e investidores

  • A moeda norte-americana mais fraca favorece empresas com receita em reais e custos em reais, especialmente aquelas que dependem menos de importações.
  • Para quem tem dívidas ou compromissos em dólar, o ambiente fica mais favorável para renegociar ou buscar amortizações.
  • Operadores do câmbio turismo e investidores que trabalham com dólar futuro observam espaço para correções adicionais, mas veem risco de reversões caso surjam surpresas negativas nos próximos dados econômicos ou sinalizações de que os juros no exterior não recuem tão rápido.

Fechamento explicativo:
O dólar em R$ 5,32 indica alívio no mercado cambial, motivado pelas perspectivas de política monetária mais branda nos EUA e pela estabilidade esperada da Selic. No entanto, esse cenário permanece sujeito a choques externos, decisões do Fed e leituras de indicadores econômicos locais. Para investidores, o momento pede atenção: oportunidades podem surgir, mas a volatilidade recente reforça a importância de proteção cambial e diversificação.


Fontes: