Ibovespa fecha pela 1ª vez acima dos 144 mil pontos; recorde de fechamento renovado

Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 17 de setembro de 2025


Recorde histórico no fechamento e intradiário

O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, encerrou o pregão desta terça-feira (16) em alta de 0,36%, aos 144.061,74 pontos, atingindo o maior nível de fechamento da história. Durante o dia, o índice chegou à máxima intradiária de 144.584,10 pontos, também recorde. O avanço reflete uma combinação de fatores internos e externos, reforçando a percepção de otimismo dos investidores em relação ao mercado acionário brasileiro.


Dólar e juros futuros em movimento paralelo

O ambiente favorável também se refletiu no câmbio. O dólar comercial caiu 0,43%, encerrando o dia cotado a R$ 5,298, após atingir mínima de R$ 5,292. Esse movimento foi acompanhado por queda nas taxas de juros futuros (DI) ao longo de toda a curva, em resposta às expectativas de cortes de juros no cenário internacional, especialmente nos Estados Unidos, e à manutenção de um ambiente de confiança no Brasil.


Ações que mais influenciaram o índice

O desempenho do Ibovespa foi impulsionado por papéis de diferentes setores:

  • Marfrig (MRFG3): valorização de 5,60%, liderando os ganhos do dia, refletindo expectativas positivas para exportações e demanda internacional por proteína.
  • BRF (BRFS3): alta de 5,28%, acompanhando o movimento do setor de alimentos e reações ao câmbio mais favorável.
  • Lojas Renner (LREN3): avanço de 4,19%, sustentado pelo otimismo no consumo doméstico.

Entre as maiores quedas estiveram:

  • Hapvida (HAPV3): recuo de 3,03%, em meio a preocupações com custos e endividamento.
  • Natura (NATU3): baixa de 2,13%, após ajustes de investidores e pressões no setor de varejo.
  • Telefônica Brasil (VIVT3): queda de 1,30%, influenciada por movimentações do setor de telecomunicações.

   Acumulado semanal, mensal e anual

O resultado desta terça-feira reforça uma trajetória consistente de valorização:

  • Na semana, o índice acumula alta de 1,26%.
  • No mês de setembro, já sobe 1,87%.
  • No ano de 2025, registra valorização de 19,77%, consolidando-se como um dos melhores desempenhos entre mercados emergentes neste período.

Contexto global e doméstico

O movimento positivo no mercado brasileiro ocorre em um ambiente global de expectativa pela decisão do Federal Reserve (Fed), que pode anunciar cortes de juros em breve. Essa perspectiva tem fortalecido ativos de risco ao redor do mundo, especialmente em economias emergentes.

No Brasil, o clima é de otimismo com a manutenção da Selic em 15% e as sinalizações de que cortes só devem acontecer em 2026. Esse cenário mantém a atratividade relativa da renda variável, ao mesmo tempo em que o câmbio mais forte ajuda a reduzir pressões inflacionárias.


Comparação internacional

Enquanto o Ibovespa renovava recordes, os principais índices internacionais também registraram desempenhos positivos: o S&P 500 avançou 0,40%, o Nasdaq subiu 0,55% e o MSCI Emerging Markets teve alta de 0,32%. Essa sintonia com o ambiente global mostra que o mercado brasileiro se beneficia do fluxo de capitais voltado para emergentes, ao mesmo tempo em que se fortalece com fundamentos internos.


Fechamento explicativo:
O fechamento acima dos 144 mil pontos marca um momento histórico para o mercado brasileiro. A valorização está ancorada em fatores internos — como expectativas de estabilidade política e queda gradual da inflação — e externos, ligados ao movimento do Fed e ao apetite global por risco. Para investidores, o recado é claro: a bolsa brasileira mostra força, mas recordes também costumam trazer volatilidade, exigindo cautela em eventuais realizações de lucro ou correções técnicas.


Fontes consultadas ao final