Bolsonaro com câncer: saiba quais são os sintomas, tratamentos e prognóstico do carcinoma de células escamosas

Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 18 de setembro de 2025


Descoberta e quadro médico recente

  • No último domingo (14 de setembro), Jair Bolsonaro passou por procedimento no Hospital DF Star, em Brasília, para remoção de oito lesões de pele. Duas dessas lesões apresentaram resultado positivo para carcinoma de células escamosas.
  • O tipo diagnosticado está no estágio “in situ”, o que significa que o câncer está restrito à camada mais superficial da pele (a epiderme), sem invasão da derme. Essa característica possibilita que a simples retirada seja considerada curativa, desde que feita corretamente e seguida de acompanhamento.
  • Bolsonaro foi hospitalizado em seguida para tratar episódios de mal-estar: vômitos, queda de pressão arterial e tontura. Após melhora clínica, ele recebeu alta em 17 de setembro e retornou à prisão domiciliar, onde permanece sob monitoramento médico.

Avaliação médica: gravidade e risco

  • Segundo o laudo do médico Claudio Birolini, o tipo de carcinoma não é classificado como o mais benigno, mas também não como o mais agressivo — está em grau intermediário.
  • Fatores que aumentam risco incluem pele clara e histórico de exposição solar extensiva sem proteção, características atribuídas ao ex-presidente.
  • Apesar do diagnóstico, profissionais de saúde destacam que o risco de metástase para lesões detectadas em estágio “in situ” é baixo. O maior desafio é garantir que nenhuma nova lesão apareça e que o tratamento daquelas já removidas tenha sido completo.

Tratamento indicado e acompanhamento futuro

  • Como as lesões já foram removidas cirurgicamente, neste momento não há indicação de tratamentos complementares como radioterapia ou quimioterapia.
  • A equipe médica recomendou avaliação periódica, para identificar precocemente eventuais novas lesões suspeitas.
  • O tratamento cirúrgico realizado incluiu retirada de pele no tórax e braço, e os médicos descartaram relação com a facada sofrida por Bolsonaro em 2018.

O carcinoma de células escamosas na prática clínica

  • Esse tipo de câncer de pele está entre os cânceres de pele não melanoma, sendo o segundo tipo mais comum, atrás apenas do basocelular, mas mais agressivo se comparado a este último.
  • Em geral, o CCE se desenvolve em áreas de pele exposta ao sol, e seu controle depende muito de diagnóstico precoce — lesões in situ têm excelente prognóstico, contanto que sejam removidas integralmente.
  • Diagnóstico geralmente envolve exame clínico dermatológico, uso de dermatoscópio para inspecionar lesões, seguido de biópsia para confirmação e determinação do estágio e grau.

Prognóstico e implicações práticas no caso Bolsonaro

  • O fato de as lesões terem sido identificadas no estágio inicial indica um bom prognóstico, com altíssimas chances de cura completa.
  • O acompanhamento regular será fundamental, inclusive para detecção de novas lesões ou recorrências.
  • Além da saúde física, o estado clínico pode ter impacto em questões legais e de prisão domiciliar, já que condições de saúde costumam ser consideradas em pedidos médicos perante autoridades judiciais.

Fechamento explicativo:
A confirmação de carcinoma de células escamosas “in situ” em duas lesões removidas mostra que houve detecção precoce, o que favorece fortemente o prognóstico. A ausência de necessidade de radioterapia ou quimioterapia no momento traz alívio relativo, mas o acompanhamento clínico contínuo é essencial, especialmente para uma pele clara e exposta ao sol, como no caso do ex-presidente. Este episódio reforça a importância da prevenção, do uso de proteção solar e da atenção a manchas ou lesões da pele que persistem ou mudam de aparência.


Fontes:

  • InfoMoney – (infomoney.com.br)
  • AP News – (apnews.com)
  • Reuters – (reuters.com)