Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 16 de setembro de 2025
Selic estável e impacto nos investimentos
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta quarta-feira (17) e a expectativa é de manutenção da taxa Selic em 15% ao ano, sem surpresas. Nesse cenário, aplicações de renda fixa atreladas ao CDI seguem oferecendo retornos consistentes, enquanto alternativas ligadas à inflação ou outros indicadores apresentam variações distintas.
Poupança: a menos vantajosa
A poupança continua sendo a opção com menor rentabilidade entre as aplicações avaliadas. Pagando 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR), um aporte de R$ 1 milhão chegaria a R$ 1.083.817,42 em um ano e R$ 1.174.660,20 em dois anos.
Tesouro IPCA+: proteção contra inflação
No Tesouro IPCA+, o rendimento depende da inflação projetada e do prêmio do título. Considerando taxa de custódia de 0,2% ao ano e Imposto de Renda regressivo, o montante final seria de R$ 1.087.953,90 em um ano e R$ 1.191.037,41 em dois anos.
CDB a 100% do CDI: maior valor líquido
Sem taxa de custódia, mas sujeito à tributação semelhante ao Tesouro, um CDB que paga 100% do CDI renderia R$ 1.122.925,00 em um ano e R$ 1.272.170,85 em dois anos — o maior valor entre as aplicações simuladas.
LCI e LCA: isenção de IR faz diferença
As LCIs e LCAs, por serem isentas de Imposto de Renda, alcançariam R$ 1.126.650,00 em um ano e R$ 1.269.340,22 em dois anos. No curto prazo, são mais vantajosas que o CDB. Já em prazos longos, a redução gradual do imposto sobre CDBs faz a diferença e aproxima os resultados.
Comparativo dos resultados simulados
- CDB (100% CDI): R$ 1.122.925,00 (1 ano) | R$ 1.272.170,85 (2 anos)
- LCI/LCA (85% CDI): R$ 1.126.650,00 (1 ano) | R$ 1.269.340,22 (2 anos)
- Tesouro IPCA+: R$ 1.087.953,90 (1 ano) | R$ 1.191.037,41 (2 anos)
- Poupança: R$ 1.083.817,42 (1 ano) | R$ 1.174.660,20 (2 anos)
Cuidados e riscos a considerar
Apesar de seguros, CDBs, LCIs e LCAs possuem risco bancário. Todos contam com a cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), limitada a R$ 250 mil por CPF e por instituição, valor que não cobre integralmente um aporte de R$ 1 milhão. Por isso, a recomendação é diversificar emissores.
O Tesouro Direto, por sua vez, não é coberto pelo FGC, mas possui garantia do Tesouro Nacional, assumindo o chamado risco soberano — a possibilidade, ainda que remota, de inadimplência do governo brasileiro.
Fechamento explicativo:
Com a Selic mantida em 15%, a renda fixa segue em destaque para investidores que buscam segurança e retorno previsível. A escolha entre CDBs, LCIs/LCAs, Tesouro ou poupança depende do perfil e do horizonte de investimento. Enquanto LCIs/LCAs se beneficiam da isenção de IR, CDBs tendem a superar no longo prazo. Já o Tesouro IPCA+ é opção para quem busca proteção contra inflação, e a poupança continua pouco atrativa no comparativo.
Fontes:
