Operação revela bens de luxo apreendidos em esquema de fraudes do INSS

Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 14 de setembro de 2025


O que foi a operação “Sem Desconto”

A Polícia Federal deflagrou nova fase da Operação Sem Desconto na sexta-feira (12), com sete mandados de busca e apreensão em São Paulo e Brasília, para investigar um esquema bilionário de fraudes em aposentadorias e pensões do INSS. Dois investigados foram presos: Maurício Camisotti e Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”, apontado como o maior operador do esquema.


Apreensões surpreendentes e bens incalculáveis

Foi apreendido um conjunto de bens de alto valor que inclui:

  • Um Rolls-Royce avaliado em R$ 11 milhões;
  • Adega com vinhos raros, alguns garrafas custando até R$ 50 mil cada;
  • Aproximadamente R$ 460 mil em espécie, escondidos em um par de sapatos;
  • Veículos de luxo como Ferrari, Porsche, Mercedes, Land Rover, além de uma réplica de Fórmula 1;
  • Obras de arte atribuídas a Di Cavalcanti, Tomie Ohtake, Orlando Teruz e Dario Mecatti; esculturas de arte erótica, peças de bronze, entre outras peças decorativas de alto valor;

Suspeitos e conexões investigadas

Os investigados no esquema tinham ligações diretas com entidades que promoviam descontos indevidos nos benefícios dos aposentados sem autorização formal. O advogado Nelson Wilians aparece como proprietário de alguns desses bens de luxo, localizados em seu imóvel no Jardim Europa, bairro nobre de São Paulo. Ele e os demais investigados negam irregularidades, e a autenticidade de algumas obras está sob análise pericial.


Riscos legais e consequência do modus operandi

Os investigadores apontam que o esquema envolvia ocultação patrimonial, possível lavagem de ativos, além de utilização de entidades associativas para instituir descontos indevidos em benefícios previdenciários, sem autorização explícita dos titulares. Aparelhos como veículos de luxo, quadros e objetos decorativos eram mantidos pelos alvo do esquema para ostentação e, segundo a PF, para dificultar rastreamento de patrimônio.


Fechamento explicativo:
A magnitude do acervo apreendido evidencia que o esquema contra o INSS não incluía apenas desvios modestos, mas bens de cifras multimilionárias. Essa descoberta reforça a urgência de revisões na fiscalização sobre entidades que mantêm descontos nos benefícios previdenciários e aumenta a pressão por transparência e punições rigorosas. Para beneficiários, isso reforça a necessidade de acompanhamento sobre as cobranças descontadas de seus benefícios.


Fontes: