Preço da carne sobe nos EUA após tarifa de Trump ao Brasil; escassez acende alerta para consumidores

Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação:
15 de setembro de 2025


Carne bovina em trajetória de alta prolongada

Os preços da carne bovina nos Estados Unidos acumulam alta contínua por oito meses consecutivos, sem ajuste sazonal. Em agosto, foi registrada uma das maiores altas mensais dos últimos quatro anos, pressionada por oferta reduzida de gado para abate em frigoríficos de peso no país.


Tarifa brasileira eleva tensão no abastecimento

Uma tarifa adicional de 40% imposta aos produtos de carne bovina brasileiros, aplicada em agosto, contribuiu para tensão nos estoques de carne moída e hambúrgueres. O Brasil, que era um dos principais fornecedores de aparas de carne para misturar com cortes mais oleosos nos EUA, agora enfrenta dificuldade para competir, já que muitos compradores estão evitando os custos elevados da tarifa de importação.


Diminuindo oferta e rebanho encolhido

Dentro dos Estados Unidos, o número de vacas processadas semanalmente pelos frigoríficos caiu cerca de 9% em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, alcançando níveis não vistos desde 2016. A combinação de rebanho menor + barreiras sanitárias (como proibição recente de compras de animais do México) vêm limitando a oferta interna em um mercado já pressionado.


Fornecedores alternativos tentam preencher gap

Com o Brasil mais fora do jogo, a Austrália desponta como principal alternativa para o mercado americano, com exportações para os EUA subindo aproximadamente 22% até agosto. Argentina, Uruguai e México também aparecem como fornecedores crescentes, ainda que sujeitos a tarifas elevadas para volumes que ultrapassam limites de cota livre.


Fechamento explicativo:
Esse cenário indica risco de continuação da pressão inflacionária sobre preços de carne nos EUA, especialmente hambúrgueres, que têm forte apelo popular. Para investidores, empresas do setor de proteína animal fora do Brasil podem ser oportunidades em meio ao reajuste de demanda. Consumidores, por sua vez, devem estar preparados para que o custo de produtos de carne se mantenha elevado nos próximos meses, caso os estoques se esgotem e alternativas de importação não sejam suficientes.


Fontes: