Escrito por: Equipe Bolso do Investidor
Data da publicação: 13 de setembro de 2025
Selic deve permanecer estável até o começo de 2026
O Banco Central projeta iniciar uma flexibilização monetária apenas no primeiro trimestre de 2026, mantendo a taxa Selic em 12% ao ano ao longo do período que antecede a mudança. A expectativa é de que cortes de juros sejam graduais, desde que os principais indicadores de inflação se mantenham controlados.
Cenário global favorece mercados emergentes, com ressalvas
Mesmo com uma desaceleração econômica em vários países, economistas destacam que o crescimento nos Estados Unidos e na China continua oferecendo suporte aos países emergentes. No Brasil, a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é de 2,2% para 2025 e 1,7% para 2026, segundo projeções internas. Entretanto, riscos como incertezas políticas, choques externos e custos logísticos ainda pesam sobre a atratividade desse ambiente.
Dividendos: fator chave para retorno real
Em meio ao cenário de juros estáveis e inflação moderada, o retorno por dividendos volta a ocupar lugar de destaque nas estratégias de investimento. Apesar de os rendimentos proporcionados pelas ações dependerem do ciclo econômico, empresas brasileiras com histórico consistente de distribuição pagam proventos que podem compensar a taxa de oportunidade para investidores preocupados com estabilidade e renda.
Setores e empresas com olho no futuro
Setores ligados a energia renovável, infraestrutura e utilidades são vistos como promissores, especialmente empresas que já mostram compromisso com ESG e capacidade de adaptação às mudanças regulatórias. Entre elas, Engie Brasil é citada como exemplo de companhia com posicionamento estratégico relevante na transição energética.
Resiliência nacional frente à saída de capital
Apesar das saídas líquidas de R$ 6,2 bilhões em futuros e entradas modestas no mercado à vista em agosto, a bolsa brasileira registrou forte valorização acumulada no ano. Isso indica que investidores locais mantêm convicção no mercado mesmo em meio à volatilidade global. Essa resiliência tem sido essencial para sustentar valorizações, mesmo com fluxo externo mais tímido.
Fechamento explicativo:
Com a Selic estável em 12% ao longo de 2026, o cenário favorece investidores que buscam retornos por dividendos, especialmente em ações brasileiras mais defensivas ou com perfil de renda. Ainda assim, a performance dependerá da disciplina fiscal, evolução da inflação e da capacidade do Brasil de manter o ambiente regulatório atraente para investimentos internacionais em emergentes.
Fontes consultadas ao final
- InfoMoney – (infomoney.com.br)
